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Foto do escritorAdriana Ferreira

Resenha do Livro: Essencialismo, de Greg McKeown

Atualizado: 5 de jan.

Um livro para quem está querendo se reencontrar em meio ao caos de tarefas acumuladas e tempo cada vez mais curto. Impondo reflexões tão necessárias quanto dolorosas.

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Confira a resenha do livro Essencialismo, de Greg McKeown, traduzido por Beatriz Medina e publicado pela Editora Sextante em 2015.


Imagine você recebendo inesperadamente a oferta de um novo emprego em uma nova área e em outro país. 


Mais do que se surpreender com a oferta de trabalho, você se assusta com a naturalidade com que a pessoa te faz a oferta. Como ela pôde pensar que você simplesmente largaria tudo para começar de novo em outro lugar?


Essa situação aconteceu com Greg McKeown e dessa trajetória nasceu o livro Essencialismo. Longe de qualquer clichê de autoajuda ou tentativa de coach de alta performance — para usar uma expressão mais atual. O texto relata a história do autor e como ele se deu conta de que precisava — e podia — escolher o que fazer com sua vida.


Parece tão simples, meio óbvio até. Não? Qualquer adulto independente pode fazer escolhas e seguir sua vida como bem entender.


Será?


Diante da oferta, Greg se abriu para uma série de reflexões, lembrou de como chegou até ali, o que sonhava em ser quando estava na faculdade e o que de fato havia conquistado. Refletiu sobre os prós e contras e por fim, percebeu que de fato ele poderia fazer isso, se quisesse. 


Era apenas uma questão de escolha.

“Costumamos pensar que a escolha é uma coisa, mas, na verdade, é uma ação. Não se trata apenas de algo que possuímos, mas de algo que fazemos. Essa experiência me levou à compreensão libertadora de que, embora nem sempre tenhamos controle sobre as opções, sempre temos controle sobre qual escolhemos”.

Mesmo diante de dificuldades e os mais diversos desafios da vida, como iremos encará-los é uma decisão individual. Não podemos controlar os outros ou determinar o funcionamento de tudo ao nosso redor, mas podemos modificar nossa forma de agir e interagir nesse meio.


Enquanto o autor conta sua história profissional, fica claro como ao longo da vida ele foi fazendo “o que tinha que fazer”. Seguiu o fluxo padrão, faculdade, estágio, emprego, sempre muito dedicado, esforçado, pró-ativo, priorizando sempre o trabalho e a alta performance. Isso lhe dava segurança e estabilidade, estava no caminho certo, ele pensava.


Seguir o curso, fazer o que a maioria faz, de certa forma é até uma maneira de poupar energia. Entretanto, o essencialismo é apresentado como alternativa mais eficiente para economizar energia para utilizá-la no que realmente importa. O objetivo é fazer menos, porém melhor.

“O Essencialismo não trata de fazer mais; trata de fazer as coisas certas”.

Para isso, o maior desafio que se impõe é o de dizer não. Compreender e aceitar que não dá para fazer tudo, aceitar tudo, ser bom em tudo. Sempre estaremos perdendo algo, “cada escolha é uma renúncia, isso é a vida'', já dizia a música. Greg diz “Perder para ganhar”, ganhar qualidade, foco e realmente conseguir estar presente fazendo o que realmente importa.


“Se não estabelecermos prioridades, alguém fará por nós”.

O caminho para implementar o Essencialismo contempla explorar as alternativas, analisando todas as opções pensando no que faz sentido para sua vida; para então eliminar tudo aquilo que não faz, ou seja, estabelecer limites, transformando o não em ação. Essa é uma das partes mais difíceis, eu diria, mas o autor dá dicas muito bem humoradas e elegantes de como fazer isso; e por fim, executar, tornando esse processo parte da rotina, sempre reavaliando e focando no que foi definido como mais importante lá no início.

“A palavra prioridade deveria significar a primeiríssima coisa, a mais importante. No século XX, pluralizamos o termo e começamos a falar em prioridades. De forma ilógica, raciocinamos que, mudando a palavra, conseguiríamos modificar a realidade”.

Enquanto narra cada etapa do processo de sua filosofia, o autor nos conta situações pessoais e profissionais que enfrentou antes do Essencialismo, e a identificação é imediata. A cada história eu pensava: eu já passei por isso, já agi assim, pensei assim… 


Acredito que Greg conseguiu descrever a realidade de todos nós que estamos cansados, mas só pensamos em ter de dar conta de tudo, com excelência. Priorizando atender a demandas externas e deixando para depois as próprias necessidades.



Importante ressaltar que aplicar o essencialismo nesse contexto, não se trata de tornar-se minimalista ou “hippie”, mas de compreender o valor do nosso tempo e como aproveitá-lo da melhor forma e a nosso favor. 


Afinal, se não escolhermos onde dedicar nossa energia, alguém escolherá por nós. E seguiremos o fluxo, passando nossos dias realizando algo que outra pessoa decidiu que poderíamos fazer.


“Acostumar-se com a ideia de “menos, porém melhor” pode ser mais difícil do que parece, principalmente quando no passado fomos recompensados por fazer mais… e mais, e mais”.

Não se trata também de se rebelar, ter a obrigatoriedade de empreender ou ser insubordinado. Se trata de escolher, tendo clareza do que realmente é importante, o que faz sentido. Não é necessário abrir uma empresa, mas talvez trabalhar em alguma que tenha valores mais parecidos com os seus; não é sobre não ir mais a reuniões, mas sim, sobre estar de fato presente nas que você for.


Ser multitarefa, ter alta performance, a agenda cheia, trabalhar sempre muitas horas a mais, nada disso é sinônimo de sucesso. Isso significa estar sobrecarregado, sem tempo para pensar sobre o que se está fazendo, agindo simplesmente como executores de tarefas… E, na maioria das vezes, de forma muito superficial, porque nossa mente ansiosa está sempre pensando na próxima reunião, no próximo item da lista de tarefas.

“… essa compulsão por fazer tudo é uma cortina de fumaça. Essas pessoas não acreditam que tenham escolha no caso das oportunidades, das tarefas ou dos desafios a aceitar. Acreditam que tem que fazer tudo”.

A pandemia que vivemos nos lembrou como a vida é frágil, como do nada todos os planos podem mudar. Viver um dia de cada vez não é só uma mensagem bonita, mas é a única alternativa que temos. E qualquer alternativa que nos ajude a fugir dos excessos, de tudo aquilo que suga nosso tempo e nossa energia, é válida.


Reconheço que ler o livro não faz mágica, mas coloca o dedo fundo na ferida e causa um desconforto que é difícil ignorar. Vale muito a leitura e a reflexão sobre o que fazer diante dessas informações desconfortáveis. Pequenos passos, pequenas mudanças, podem fazer muita diferença.

“Se é difícil conseguir a determinação necessária para seguir o caminho certo, vale a pena refletir sobre a brevidade da vida e o que realizar no pouco tempo que nos resta”.

Uma pessoa muito especial me indicou esse livro em um momento muito decisivo da minha vida. A leitura me ajudou a ter clareza e criar coragem para priorizar algumas decisões. Portanto, indico muito essa leitura e desejo que ela seja tão útil para você quanto ela foi para mim.


 

Deixo aqui o link para adquirir o livro e ainda ajudar o Raízes: Essencialismo, na Amazon.

E aqui, link de outra obra do autor sobre como aplicar o Essencialismo no dia a dia Sem esforço: Torne mais fácil o que é mais importante.


E se você se interessou pelo assunto, aqui alguns conteúdos sobre o autor e sua filosofia:


 
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Obrigada por ler! 🤓

Espero que tenha gostado e se inspirado a ler o livro.

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Nos vemos no próximo texto 🥰



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